Relatório – Conferência Municipal de
Meio Ambiente Rio de Contas – Chapada Diamantina – Bahia
A Conferência Municipal de Rio de Contas
ocorreu no dia 12 de dezembro de 2012, no Teatro São Carlos, aberto a toda a
população riocontense, que foi convidada por meio de faixa afixada em local bem
visível, spots em rádio comunitária e carro de som e convites às instituições
locais tanto da sociedade civil como do poder público – escolas, ONGs,
secretarias de governo, associações, sindicatos, cooperativas, etc.
A Conferência contou com 61 (sessenta e um
participantes) e seguiu a pauta sugerida pelo representante da U.R. do INEMA
que nos coordenou em reunião de orientação para o evento realizada dias antes.
Assim, tivemos uma abertura oficial com mesa de abertura composta pelo Prefeito
Municipal, pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, pela
Secretária Executiva do Fórum da Agenda 21 Rio de Contas, pelos demais
secretários presentes, pela Câmara Municipal e pela Gestora da APA Serra do
Barbado.
Após a audição dos hinos da Bahia e nacional,
tivemos a fala dos componentes da mesa e uma rápida explanação a respeito do
conceito, importância, objetivos e metodologia da Conferência e, após desfeita
a mesa, um palestra com os eixos que compõem o tema da conferência para
enriquecimento do debate nos grupos e elaboração de propostas. A palestra foi
bastante participativa e os temas foram aprofundados por meio da socialização
de informações que se tornou possível com o uso desta metodologia.
Após o almoço, deu-se a divisão dos grupos que
realizaram amplo debate e elaboraram propostas significativas a nível
territorial. O momento foi enriquecido com palestra sobre PAA, PNAE e
agricultura familiar. Os mediadores – pessoas da comunidade que atuam nas áreas
relacionadas aos eixos conduziram as discussões. Estes mediadores foram
previamente identificados e receberam pastas com material para estudos,
inclusive propostas elaboradas no município nas conferências realizadas nos
últimos anos, além de processos participativos como Agenda 21 Local e Plano
Diretor Participativo.
Foram eleitos como prioritários para nosso
município os eixos: 1, 2, 3, 4 5, 6 e 9 e as discussões giraram em trono desses
temas, para os quais foram elaboradas várias propostas, tendo em vista a
realidade territorial.Ás 18:00hs foi encerrada a Conferência com o convite
aberto as participantes para participarem das etapas Territorial e Estadual.Não houve eleição de
delegados devido a orientação recebido dado pelo representante do INEMA e
segundo o material divulgado pela SEMA para a realização da Etapa Municipal.
Rio de Contas, 12 de Dezembro de 2011
Equipe SEMMARH Rio de Contas
Propostas
EIXO 1 – Preservação, conservação e uso dos recursos naturais
·
Promover ações de sensibilização nas entidades
quanto à relevância da preservação, proteção, recuperação e conservação do
patrimônio natural;
·
Inclusão do tema educação ambiental no
planejamento das escolas;
·
Solicitar parcerias para realização de
projetos de reflorestamento de áreas degradadas;
·
Implantar, juntamente com órgãos competentes,
hortos para confecção de mudas de árvores nativas para reflorestamento e para
arborização das cidades;
·
Legalização das associações informais que
atuam na área de agricultura familiar;
·
Realização de estudos diagnósticos das
necessidades básicas da comunidade para melhor aproveitamento dos ativos
ambientais;
·
Estímulo à realização de eventos como feiras,
leilões, quermesses, etc, para divulgação das produções do município;
·
Formação de grupos de pessoas comprometidas
com o andamento do desenvolvimento das propostas relacionadas à questão
ambiental;
·
Fortalecimento das iniciativas de
agroecologia;
·
Campanha de sensibilização da comunidade do
território para a prática da agricultura familiar tendo em vista sua
viabilidade para a segurança alimentar, saúde e renda garantida;
EIXO 2 – Melhoria da gestão e do acesso aos recursos hídricos
·
Programa intensivo de recuperação das matas
ciliares e nascentes;
·
Implantação de políticas públicas de
compensação de serviços ambientais financeiros para produtores de água e
serviços ambientais;
·
Aproximação entre os diversos colegiados que
atuam na área ambiental, comissões gestoras, comitês de bacias, conselhos
municipais de unidades de conservação;
·
Realização de estudo hidrográfico da Bacia do
Rio das Contas do território para diagnóstico do estado das nascentes e corpos
d’água;
·
Programa de prevenção e controle de incêndios
florestais;
·
Fortalecimento do controle e fiscalização nas
APPs principalmente nas nascentes;
EIXO 3 – Ampliação da oferta dos serviços de saneamento básico
·
Abastecimento de água tratada para toda a
população da Chapada Diamantina;
·
Abertura de editais voltados para implantação
de sistemas alternativos de saneamento em pequenas comunidades;
·
Implantação de sistemas de saneamento
ambiental em todos os municípios da Chapada Diamantina;
·
Incentivo à implantação de sistemas alternativos
de esgotamento sanitário com cuidado ambiental principalmente para pequenos
povoados e casas isoladas;
EIXO 4 – Prevenção e enfrentamento às causas e efeitos das mudanças
climáticas, desertificações, secas
·
Criação de fórum territorial de mudanças
climáticas;
EIXO 5 – Fortalecimento da educação ambiental e do exercício da
cidadania
·
Implantação de programas de agentes ambientais
a exemplo dos agentes comunitários de saúde para atuação sistemática na
educação ambiental formal e informal;
·
Criar um grupo de pessoas especializadas ou
com afinidades em E. A. para articulação e elaboração de projetos na área;
·
Criar uma pesquisa de percepção tanto na zona
rural quanto na zona urbana para saber quais são seus anseios;
·
Conhecer os projetos e políticas ambientais
dos órgãos públicos para um melhor aproveitamento na área;
·
Promover cursos, palestras e seminários de
legislação ambiental para os diversos públicos;
EIXO 6 – Elevar a capacidade institucional e estabelecer sistemas
interativos de gestão e controle
·
Promover através das associações a
responsabilidade na gestão ambiental;
·
Incentivar a adesão de todos os municípios do
território no GAC;
·
Criação da unidade a nível federal e
fortalecimento da unidade a nível estadual em parceria com os municípios;
·
Abertura de editais e/ou implantação de
políticas públicas e conservação dos recursos naturais nas comunidades
quilombolas, indígenas, ribeirinhos (comunidades tradicionais) e comunidades
que contenha agricultura familiar;
EIXO 9 – Controle e sustentabilidade ambiental rural
·
Implementação e fortalecimento do acesso da
população do território às políticas públicas direcionadas à para a agricultura
familiar;
·
Aprimoramento e adequação da legislação
fundiária;
·
Fortalecimento institucional dos órgãos que
atuam na área de extensão rural para o incentivo à prática da agricultura
sustentável
·
Fortalecimento do associativismo e
cooperativismo rural, e de programas como o P.A.A., PNAE, PRONAF, etc;
·
Incentivo à prática da agroecologia;
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